terça-feira, 25 de setembro de 2007

Chico Anísio se arrepende de ter fumado

Por Elias Teixeira

Em entrevista concedida por telefone ao programa Conexão Novo Tempo, da TV e Rádio Novo Tempo, o humorista Chico Anísio afirmou que a doença que enfrenta foi resultado de 40 anos de tabagismo. “Deixei de fumar em 1985 e o enfizema está aqui”, lamentou, mas disse estar feliz com essa doença pois poderia ter tido um câncer de pulmão. “Não seria surpresa nenhuma depois de tantos anos fumando”, enfatiza. O humorista também revelou que o infarto que teve há alguns anos foi por causa do cigarro. “Eu não sou cardíaco; minha pressão é normal, não tenho diabetes”, disse. Chico Anísio comentou que foi vítima de uma época em que fumar era coisa de “macho”, e os apelos eram muito fortes. “Hoje eu nem sei quais são as marcas à venda porque não se faz mais propaganda de cigarro.” Ainda em sua fala, o humorista considerou que é muito difícil deixar de fumar e o fumante precisa querer. “Tentei deixar de fumar várias outras vezes, mas não consegui.” Anísio disse que só depois que conheceu um método ensinado pelo ator Tarcísio Meira foi que finalmente conseguiu. O método consiste em fumar cada vez menos cigarros por dia, até que o usuário deixe de fumar. “Quando sofri o infarto, eu fumava apenas três cigarros por dia e já ia deixar totalmente na semana seguinte”, afirmou.

O humorista participou do programa quando o tema tabagismo estava em discussão. Na ocasião, foram apresentados os esforços da Igreja Adventista do Sétio Dia em ajudar as pessoas a deixarem o cigarro. A Novo Tempo enviou para ele um DVD de mensagens do pastor Fernando Iglesias, e a revista Princípios, produzida pela Escola Bíblica de A Voz da Profecia. O curso "Como Deixar de Fumar em Cinco Dias", promovido pelo departamento de saúde da igreja foi trazido dos Estados Unidos ao Brasil há mais de 40 anos.


Dados Alarmantes: De acordo com o pastor Alcides Campolongo, que trouxe a idéia praticada por médicos adventistas nos EUA, é possível que mais de um milhão de pessoas tenham deixado de fumar graças ao curso, desde que foi implantado no país. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo e estima-se que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhão de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o hábito. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).

Elias Teixeira é Radialista, Jornalista e Apresentador do Programa Conexão Novo Tempo, na TV e Rádio Novo Tempo.


Dê sua opinião, sugestão, ou crítica para o
e-mail: avozdaesperanca@gmail.com
Desde já, agradeçemos sua participação!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Revista VEJA publica que as Escolas Adventistas estão entre as melhores do país

Em sua edição de número 2025, do dia 12 de setembro, a revista VEJA publicou uma matéria na qual afirma com argumentos e números que a rede educacional adventista vem crescendo de forma vertiginosa, chegando a usar a expressão “o fenômeno adventista”. No texto, de autoria de Marcos Todeschini, é mencionado que a rede apresenta a teoria criacionista aos seus alunos.
Segundo o líder de Educação da Igreja Adventista para a América do Sul, professor Carlos Mesa, “a matéria enalteceu a educação adventista e ressaltou nosso diferencial, o criacionismo. É nisto que cremos e é isto que temos que ensinar. Temos que deixar isto bem claro a toda sociedade”. Em um trecho da reportagem, a diretora de uma das escolas adventistas, Ivany Queiroga da Silva, explica como o assunto é apresentado aos alunos: "Deixamos claro nosso ponto de vista, criacionista, mas damos a chance de os alunos conhecerem os dois lados. Respeitamos todos os nossos clientes. Além disso, eles precisam conhecer Darwin para passar no vestibular".

Analisando a publicação, o líder de Comunicação da Igreja para a América do Sul, pastor Edson Rosa, menciona que “quando uma revista de grande circulação nacional e formadora de opinião como a revista VEJA, destaca a educação adventista, mostrando os seus valores e diferencial criacionista, é uma demonstração de que estamos cumprindo com o nosso papel como Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reconhecer a Deus como Criador”.

Leia, a seguir, a íntegra da reportagem:

Graças a Deus – e não a Darwin

As escolas adventistas aparecem entre as melhores do país, mas ainda sobrepõem o criacionismo à teoria da evolução.

O ensino religioso remonta aos primórdios do Brasil colonial. Foram os padres jesuítas, patrocinados pela coroa portuguesa, os fundadores de algumas das primeiras escolas brasileiras no século XVI. A educação, no Brasil de então, se prestava basicamente a disseminar o catolicismo e arrebanhar fiéis. Nos séculos seguintes, outras ordens religiosas vieram movidas pelo mesmo propósito: elas esparramaram tantas escolas pelo país que, juntas, chegaram a concentrar 80% das matrículas do ensino médio nos colégios particulares, como revela um censo do início do século XX. Reinaram sem concorrência na elite do ensino até a década de 60, quando uma leva de escolas privadas começou a lhes roubar espaço, e elas tiveram de se reformular pela primeira vez para sobreviver aos novos tempos. Foi aí que os colégios confessionais se aproximaram dos laicos, ao se tornar menos doutrinários e desobrigar os estudantes de velhos hábitos, como ir à missa ou comungar. A segunda mudança nessas escolas é recente, e está sendo impulsionada por outro fenômeno de mercado: o surgimento de grupos privados de ensino, mais profissionais na gestão e tão ou mais eficientes nos resultados acadêmicos. Resume o especialista Claudio de Moura Castro: "Ninguém mais matricula o filho numa escola só porque ela ensina religião, como ocorria antes, mas, sim, por oferecer um conjunto de bons serviços".

É justamente nesse quesito que muitas das escolas confessionais têm falhado, segundo mostra uma nova pesquisa sobre o assunto. De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), as matrículas nos colégios católicos chegaram a cair 20% ao longo da última década. Estabilizaram-se, mas hoje não saem do lugar. O trabalho revela que, no mesmo período, crescia a um ritmo surpreendente um outro tipo de escola religiosa: os colégios comandados pelos adventistas, egressos de um ramo protestante dos mais tradicionais da igreja evangélica. O fato chamou a atenção dos especialistas. Já são 318 dessas escolas no país, com 37% mais alunos do que dez anos atrás. Elas sobressaem em meio a milhares de outras não só porque proliferam rapidamente, mas também por seu bom nível acadêmico, aferido por medidores objetivos: algumas das escolas adventistas já aparecem entre as melhores do país nos rankings de ensino do MEC.

Aulas diárias de religião na pré-escola:
antes de aprender a ler, as crianças
já sabem de cor as histórias do Velho Testamento


Os especialistas são unânimes em afirmar que um dos fatores que impulsionam essas e as outras escolas religiosas que dão certo no Brasil são valores que os pais acreditam ver nelas reunidos. É algo difícil de mensurar, mas foi bem mapeado por uma nova pesquisa que ouviu 15 000 pais de estudantes brasileiros de colégios religiosos. Ao justificarem sua escolha por uma escola confessional, eles foram específicos: acham que esses colégios são mais capazes de difundir valores "éticos", "morais" e "cristãos" (mesmo que eles próprios não sejam seguidores de nenhum credo). Um exemplo concreto do que agrada aos familiares, no caso das escolas adventistas: o incentivo local ao convívio das crianças com a natureza. Em vários dos colégios, cachorros transitam livremente pelas salas de aula e, num deles, o contato estende-se ao Pequeno Éden, um pátio por onde perambulam pôneis e galinhas. Em Embu das Artes, cidade de São Paulo onde fica a escola que sedia o tal "Éden", a diretora explica que a idéia é reproduzir o "clima do paraíso".

A estudante Ludmila Balestra:
como ela, 70% dos alunos
nos colégios adventistas
não seguem a religião



O que também agrada a pais de todos os credos são as regras conservadoras ali aplicadas, entre elas a proibição de brincos e colares, para as meninas, e cabelo comprido, para os meninos. "Quero minha filha num ambiente onde se cultivem a disciplina e os bons hábitos", resume a secretária Vanda Balestra, mãe de Ludmila, de 16 anos. A jovem é católica e compõe o grupo dos 70% de estudantes matriculados em escolas adventistas que não seguem a religião.

Em sala de aula, onde se acompanha o currículo do MEC, são basicamente dois os momentos em que essas escolas se diferenciam das demais. O primeiro é nas classes de religião, muitas vezes diárias, durante as quais são entoados, com vigor fora do comum, cantos bíblicos como "A Bíblia é palavra de vida / Um canto de amor que Deus escreveu para mim" e crianças de 4 anos, como a pequena Larissa Conrado, manuseiam a versão infantil do Velho Testamento. Outra diferença aparece nas aulas de ciências, nas quais os estudantes são apresentados, sem nenhuma espécie de visão crítica, à explicação criacionista do mundo, segundo a qual homens e animais foram criados por Deus, tal como está na Bíblia. Esse, sim, é um evidente atraso. Historicamente, o criacionismo vigorou no meio acadêmico até o século XIX, quando foi superado pela teoria da evolução de Charles Darwin, que pela primeira vez esclareceu a origem dos seres vivos com base em evidências científicas. Em escolas de estados mais conservadores nos Estados Unidos, ainda hoje o criacionismo predomina – e Darwin é banido do currículo. No caso dos colégios adventistas brasileiros, as crianças aprendem as duas versões. A diretora de uma das escolas, Ivany Queiroga da Silva, explica como a coisa funciona: "Deixamos claro nosso ponto de vista, criacionista, mas damos a chance de os alunos conhecerem os dois lados". Por quê? "Respeitamos todos os nossos clientes. Além disso, eles precisam conhecer Darwin para passar no vestibular."



Esse pragmatismo dos adventistas é outro fator que ajuda a explicar o sucesso de suas escolas. Enquanto muitos dos colégios católicos ainda são administrados de modo mais antiquado, tal qual um século atrás, os adventistas implantaram um novo conjunto de medidas para profissionalizar a gestão. Do primeiro colégio, inaugurado em 1896 na cidade de Curitiba, foi-se das aulas dadas por pastores no quintal da igreja às atuais unidades, nas quais diretores freqüentam cursos superiores de administração escolar e os melhores professores recebem bônus no salário. Reconhecidos pelo mérito, eles rendem mais em sala de aula – algo básico, mas ainda raro no Brasil. Para traçarem seu plano de expansão, os adventistas, que já são donos de seis universidades e uma editora de livros didáticos, também não hesitaram ao contratar consultores para definir "as demandas do mercado". Foi decisivo para saber onde abrir novas unidades. Em 2008, eles pretendem inaugurar uma universidade e mais vinte escolas.

Conclui o professor Orlando Mário Ritter, um dos diretores da rede adventista: "Para nós, encarar a educação como negócio não é sacrilégio. Estamos, afinal, no século XXI". Falta ainda a essas escolas, no entanto, entender que o criacionismo foi superado pela ciência há mais de um século.


Reação dos leitores de VEJA

Na revista Veja desta semana (19/9) foram publicados oito comentários sobre a matéria "Graças a Deus - e não a Darwin". Leia-os a seguir:

"Eu e minha esposa estamos muito satisfeitos com a educação que nossos filhos têm recebido por mais de uma década em escolas adventistas. Sobre a controvérsia entre criacionismo e evolucionismo, por se tratarem ambos somente de modelos teóricos explicativos, e não de fatos científicos comprovados, achamos que todas as escolas, e não só as adventistas, deveriam abordar as duas explicações." - Almir Augusto de Oliveira , São Paulo, SP

"Fui menino de rua abandonado pela mãe, não tinha nenhuma estrutura familiar. Tive o maior prazer em estudar em escola adventista. Aprendi princípios valiosos para a minha formação. Muito mais que um desenvolvimento acadêmico, recebi uma formação que me fez cidadão útil e realizado. Aprendi a desenvolver as colunas do caráter para amar a vida. Parabéns pela linda reportagem." - Lauro Crescêncio, Apucarana, PR

"Se a evolução realmente houvesse superado o criacionismo pela ciência por meio de evidências indiscutíveis, ela não seria ainda apenas uma teoria, e sim uma lei. Talvez haja certa prepotência de grande parte dos cientistas em colocá-la como uma verdade fundamental." - Bruno de Azevedo Lourenço, Wakefield, MA, EUA

"É salutar que em nossos dias tenhamos a segurança de que nossos filhos estejam em ambientes educacionais que priorizem valores éticos, morais e cristãos, independentemente do credo religioso que professemos. O Brasil e o mundo nunca precisaram tanto de homens e mulheres que não se vendam, que permaneçam firmes, leais. Homens e mulheres fiéis a sólidos princípios, assim como a bússola o é ao pólo. Certamente colheremos os frutos de uma educação melhor e, conseqüentemente, de um país com oportunidades mais igualitárias." - Cláudia Marchesin, pedagoga e especialista em educação infantil, Itabuna, BA

"Como pai de dois alunos da educação adventista, sinto-me no compromisso de manifestar meu apreço pela matéria da revista Veja. Acredito que todo pai que deseja a melhor educação para os filhos verá que não dar ênfase às teorias de Darwin não desmerece em nada o processo educacional com que a rede adventista tem trabalhado nos 110 anos de sua existência. A cada dia que chego em casa e converso com meus filhos, tenho a certeza da escolha acertada que fiz pela escola adventista. Vejo meninos responsáveis por seu uniforme e por suas tarefas, preocupados com o desempenho escolar, animados com a programação diversificada que a escola oferece e com o trabalho de seus professores. Vejo que essas pequenas coisas farão deles no futuro homens capazes de escolhas acertadas e profissionais responsáveis e proativos. Parabéns, Veja; parabéns, educação adventista." - Giovani Pacheco Costa, Curitiba, PR

"Estudei a vida inteira no Colégio Adventista, que, embora tenha todo um enfoque religioso, em nenhum momento o impõe aos alunos. Em outras épocas (e colégios), a teoria criacionista seria imposta. O Colégio Adventista nos mostra suas convicções sem deixar de abordar o outro lado. Fora isso, a instituição se destaca pelo trato com os alunos e com os pais. Os funcionários nunca perdem a gentileza, a cordialidade. Estão sempre dispostos a ouvir quem os procura. E o exemplo deles serve para moldar o caráter das crianças deixadas sob sua guarda." - Danielle Gazapina, Florianópolis, SC

"Eu e minha esposa estudamos em escolas adventistas. Ambos passamos no vestibular na primeira tentativa, sem cursinho, e nos formamos com louvor, sem atrasos. Nossa filha, estudante de escola adventista desde a infância, cursa engenharia na UFRJ, onde também passou na primeira tentativa, sem cursinho. Isso revela uma verdade explícita e outra implícita na reportagem de Veja: primeiro, o ensino adventista é, de fato, de alta qualidade; segundo, os altos índices de aprovação de seus alunos em vestibulares comprovam que eles aprendem suficientemente as idéias evolucionistas." - Roberto de Oliveira Souza, Rio de Janeiro, RJ

"A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece que os alunos devem criticar objetivamente as teorias científicas como constructos humanos de representação aproximada da realidade, que essas teorias estão sujeitas a revisões e até a descarte e que o ensino médio tem entre suas finalidades habilitar o educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico. Fui professor de história num colégio adventista em Florianópolis e hoje sou editor na Casa Publicadora Brasileira (editora adventista), por isso posso garantir que tanto nas aulas quanto em nossos livros didáticos cumprimos o que recomenda a LDB, uma vez que estimulamos o pensamento crítico dos alunos ao apresentar-lhes os dois modelos das origens e permitir que façam comparações e identifiquem as insuficiências epistêmicas do darwinismo." - Michelson Borges, jornalista e editor na Casa Publicadora Brasileira, por e-mail.

NOTA: Segundo a Dra. Marcia Oliveira de Paula, professora de Biologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), “a teoria da evolução deve ser ensinada nas escolas, já que essa teoria é aceita pela comunidade científica atualmente para explicar as origens. Porém, o aluno deve ser esclarecido sobre as bases da teoria e sobre suas limitações. O estudante deve conhecer a teoria da evolução, mesmo que decida não se posicionar a favor dela”.

As escolas adventistas fazem isso. Mas a revista Veja, em sua reportagem “Graças a Deus – e não a Darwin”, de Marcos Todeschini e Camila Antunes (edição de 12/09/07), apesar de reconhecer que “algumas das escolas adventistas já aparecem entre as melhores do país nos rankings de ensino do MEC”, sugere que há certo obscurantismo por parte do sistema educacional adventista, pelo simples fato de ali se ensinar de acordo com a LDB!

A Dra. Marcia garante que seus alunos aprendem todo o conteúdo de evolução como em qualquer outra universidade. "Nas aulas de Evolução eu não ensino criacionismo. Ensino evolução de forma crítica. Ou seja, discutimos os pontos fortes e fracos da teoria. Os alunos do Curso de Ciências Biológicas do Unasp têm, além da disciplina Evolução, duas disciplinas denominadas Ciência e Religião e Ciência das Origens (2h semanais cada). Nessas disciplinas se discute a interação entre ciência e religião, sendo feita uma comparação crítica entre as especulações da ciência sobre as origens com as idéias da visão de mundo teísta cristã.” Ela diz ainda que “temos questionamento de ambas as partes, tanto de alunos que se consideram criacionistas como dos que se consideram evolucionistas. Por outro lado, há espaço nas aulas de Ciências das Origens para que eles possam também questionar o criacionismo”.

Mesmo assim, numa evidente demonstração de desconhecimento de causa, os autores do texto da Veja afirmam que “os estudantes são apresentados, sem nenhuma espécie de visão crítica, à explicação criacionista do mundo, segundo a qual homens e animais foram criados por Deus, tal como está na Bíblia”. E sentenciam: “Esse, sim, é um evidente atraso.”

Veja reconhece também que "são 318 dessas escolas [adventistas] no país, com 37% mais alunos do que dez anos atrás [em contraste com a estagnação da rede educacional católica]. Elas sobressaem em meio a milhares de outras não só porque proliferam rapidamente, mas também por seu bom nível acadêmico". Segundo especialistas consultados pela revista, "um dos fatores que impulsionam essas e as outras escolas religiosas que dão certo no Brasil são valores que os pais acreditam ver nelas reunidos. É algo difícil de mensurar, mas foi bem mapeado por uma nova pesquisa que ouviu 15.000 pais de estudantes brasileiros de colégios religiosos. Ao justificarem sua escolha por uma escola confessional, eles foram específicos: acham que esses colégios são mais capazes de difundir valores 'éticos', 'morais' e 'cristãos' (mesmo que eles próprios não sejam seguidores de nenhum credo)". Tanto é que, segundo a reportagem, 70% dos estudantes matriculados em escolas adventistas não seguem a religião.

Veja não perde a chance de incensar Darwin, ao afirmar que "historicamente, o criacionismo vigorou no meio acadêmico até o século XIX, quando foi superado pela teoria da evolução de Charles Darwin, que pela primeira vez esclareceu a origem dos seres vivos com base em evidências científicas".

A afirmação é exageradamente triunfalista e, em seu blog Desafiando a Nomenklatura Científica, o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, Enézio de Almeida Filho, tece o seguinte comentário:
"Apesar de a teoria da evolução de Darwin ser aceita a priori entre os cientistas para explicação da origem e evolução da vida, ela não é assim uma 'Brastemp' cientificamente. Darwin não esclareceu a contento 'a origem dos seres vivos com base em evidências científicas', tanto é que discutimos desde 1859 até hoje a vera causa do mecanismo evolutivo. [Dizem que a evolução é um fato], mas não sabemos até hoje o que provoca esse processo evolutivo.

"Todeschini e Antunes nunca leram o Origem das Espécies. Se tivessem lido, saberiam que Darwin com as suas múltiplas especulações transformistas lidou mais com variações, tanto que o livro mereceria melhor o título de Origem das Variações. Segundo Ernst Mayr, o último papa evolucionista, o livro é muito confuso e não explica o que se propôs: a origem das espécies."

A matéria de Veja também diz que "em escolas de estados mais conservadores nos Estados Unidos, ainda hoje o criacionismo predomina – e Darwin é banido do currículo". Mas Enézio contesta: "Todeschini e Antunes generalizaram demais, e não identificaram as escolas e nem tampouco os 'estados conservadores'. Darwin continua sendo ensinado nas escolas americanas até nesses estados 'mais conservadores' por força de decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos no fim da década de 1980."


Veja perdeu a chance de publicar uma reportagem neutra e puramente informativa, nos moldes do bom jornalismo. Então, só nos resta esperar a próxima.

Dê sua opinião, sugestão, ou crítica para o
e-mail: avozdaesperanca@gmail.com
Desde já, agradeçemos sua participação!!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Pernambucana de 51 anos, será a 1ª avó a dar à luz netos gêmeos

A auxiliar de enfermagem Rosinete Palmeira Serrão, de 51 anos, está sendo a "barriga de aluguel" de seus netos, um casal de gêmeos. Rosinete, que mora em Paulista/PE (No Grande Recife), vai dar à luz os bebês da filha, a dona-de-casa Claudia Michele, de 26 anos, que não tem útero.
O óvulo de Claudia Michele foi fecundado com o espermatozóide do marido e colocado dentro do útero de Rosinete .


Na integra a reportagem publicada pelo JC OnLine em 19.09.2007, por Cláudia Vasconcelos

Aos 51 anos, a agente de saúde Rosinete Palmeira Serrão será a primeira avó brasileira a dar à luz dois netos, através da técnica de fertilização in vitro.

Um dos momentos mais duros na vida da agente de saúde Rosinete Palmeira Serrão, 51 anos, foi saber que a única filha, Cláudia Michelle, 27, nunca poderia gerar uma criança. Seu útero não é desenvolvido o suficiente para suportar uma gestação. Surpreendente foi a maneira encontrada para realizar o sonho da família. Rosinete está grávida dos netos gêmeos, após aceitar ser a barriga de aluguel de Michelle. Será a primeira avó brasileira a dar à luz os netos após gravidez gemelar. Mais do que fato inédito, um ato de amor, coragem e sublimação.
Antônio Bento e Vitor Gabriel podem nascer a qualquer momento, até o dia 12 de outubro. Quatro anos atrás, a comerciante Michelle e o marido, Antônio de Brito, não imaginavam que estariam decorando o quarto dos bebês. Tentaram todos os tratamentos possíveis. Enfrentaram inúmeras decepções.

Tudo começou com uma reportagem de TV sobre reprodução assistida, que inundou a jovem de esperança. Telefonou para o médico entrevistado no programa e descobriu que um especialista do Recife poderia ajudá-la. “Passei por três médicos e não conseguia engravidar. Entrei em depressão. Depois de um ano, meu marido insistiu para voltarmos ao médico.”
O especialista em questão era Cláudio Leal Ribeiro, professor de ginecologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que dessa vez lançou a proposta tentadora: uma parente em primeiro ou segundo grau poderia gestar o bebê, fecundado em laboratório com o óvulo de Michelle e o espermatozóide de Antônio, a técnica da fertilização in vitro. O problema era que a comerciante não tem irmãs, e sim dois irmãos. Nenhuma prima estaria disposta. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) tampouco autorizou recorrer a uma pessoa sem laços familiares.

Michelle respirou fundo e fez a proposta à mãe, após sugestão do médico. “O tema era tão delicado que pensei que ela não iria aceitar.” Rosinete não titubeou ao responder. “Ela perguntou: ‘mainha, você faria isso por mim?’ Eu disse: ‘faria, não, faço. É só você me pedir’.


E o que parecia brincadeira virou coisa séria. Não sabia que teria essa coragem toda, mas não tinha quem me proibisse. A felicidade dos meus filhos vem em primeiro lugar”, emociona-se a avó coruja.
Em janeiro deste ano, Michelle iniciou o tratamento para estimular a ovulação. O ginecologista implantou quatro embriões no útero de Rosinete, que fez reposição hormonal. De lá para cá, a vida da família gira em torno dos garotos e da avó coragem, que mora em Paulista, Grande Recife. Com tantos cuidados, ela tem uma gravidez tranqüila, sem problemas comuns às gestantes de alto risco, como hipertensão e diabete.
Trinta e sete semanas depois, mãe e filha dividem a alegria da chegada dos gêmeos. “Estou felicíssima. Não queria correr o risco de outra pessoa ser a barriga de aluguel e depois fazer chantagem emocional com minha filha. Tenho certeza absoluta que os dois são meus netos, como Mateus, de 3 anos, e João Artur, que vai nascer em um mês”, diz.
Às vésperas de realizar seu sonho, Michelle quase não tem palavras para expressar o quanto o gesto da mãe significa.
“Minha mãe é mais que tudo para mim.”

Dê sua opinião, sugestão, ou crítica para o
e-mail: avozdaesperanca@gmail.com
Desde já, agradeçemos sua participação!!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Meteorito Cai e Abre Cratera de 30 Metros no Peru

Um meteorito caiu na noite de sábado na região peruana de Puno, perto da fronteira com a Bolívia, formando uma cratera de 30 metros de diâmetro e seis de profundidade, informou a imprensa local nesta segunda.
Um objeto luminoso caiu pouco antes da meia-noite de anteontem no povoado de Carancas, na província de Chucuito, cerca de 1.300 quilômetros ao sul de Lima.

Segundo fontes da Direção Territorial da Polícia, os alarmados habitantes da região ouviram um grande barulho, que parecia ser de um avião em queda.

Posteriormente, as testemunhas viram no céu um objeto luminoso em chamas que se chocou contra a terra, produzindo uma explosão que deixou restos de matéria carbonizados.

O meteorito não feriu nenhuma pessoa, mas as autoridades investigam se os restos achados na região são de animais que podem ter morrido carbonizados em viturde da explosão.

Os camponeses da localidade temem o surgimento de alguma doença, já que lascas de chumbo e prata foram liberadas no choque do fragmento de meteoro com o solo, informou a emissora local RPP.

O membro da Academia Nacional de Ciências, Modesto Montoya, disse à agência estatal Andina que a queda de meteoritos no Peru não reveste perigo algum, a não ser que atinjam alguma estrutura. "Nenhum dos vários meteoritos que caem no Peru e fazem perfurações de tamanhos variados são prejudiciais para pessoas, salvo que caiam em uma casa", disse Montoya.

Em junho, outro meteorito caiu na colina Mascapampa, na província de Arequipa, no sul do país, deixando a população alarmada.


Fonte: Terra


Dê sua opinião, sugestão, ou crítica para o


Desde já, agradeçemos sua participação!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bento XVI adverte: "Sem o domingo não podemos viver"

Ao presidir na Praça de São Pedro a tradicional Audiência Geral das quartas-feiras [dia 12/09/07], o Papa Bento XVI recordou sua recente viagem a Áustria oferecendo valiosos pontos chaves de suas visitas e discursos e insistiu na transcendência do Dia do Senhor ao afirmar que se o cristão abandonar o Domingo, renuncia à própria cultura...

Ao evocar a Missa concelebrada no domingo passado na vienense Catedral de Santo Estevão, o Pontífice voltou a referir-se ao "Sine dominico non possumus!", "Sem o Senhor e sem seu Dia não podemos viver", a frase dos mártires da Abitinia (atualmente Tunísia) pronunciada em 304, que "tem plena validez hoje"."Também nós, cristãos de Dois mil, não podemos viver sem o Domingo: um dia que dá sentido ao trabalho e ao repouso, atualiza o sentido da criação e da redenção, expressa o valor da liberdade e do serviço ao próximo… tudo isto é o Domingo: é mais que um preceito!".

"Se a população da antiga civilização cristã abandonou este significado e deixou que o Domingo se reduzisse a um ‘fim de semana’ ou a uma ocasião para os interesses mundanos e comerciais –advertiu o Papa– quer dizer que decidiram renunciar à própria cultura"...



Fonte: ACI

(Colaboração: Diário da Profecia e Minuto Profético)



NOTA: Bento XVI só "esqueceu" de mencionar um "detalhe"...



Dê sua opinião, sugestão, ou crítica para o

e-mail: avozdaesperanca@gmail.com

Desde já, agradeçemos sua participação!

PROGRAMA DE RÁDIO A VOZ DA ESPERANÇA - Todos os SÁBADOS das 14h as 15h pela RÁDIO DIMENSÃO 104,5 FM

.